Antônio Artenho da Cruz morava em um local de difícil acesso. A equipe de reportagem do Jornal Jangadeiro/SBT refez os passos da polícia até o esconderijo onde o homem, conhecido como “Bode”, viveu nos últimos anos.
Uma estrada carroçável leva ao distrito conhecido como “De Volta do Rio”, a aproximadamente 30 quilômetros da cidade de Boa Viagem. O que ninguém imagina é que essa estrada levaria a Polícia até a casa que funcionava como esconderijo de um dos homens mais procurados pelo maior furto a banco da história do Brasil.
Antônio Artenho da Cruz, de 54 anos, conhecido como “Bode”, era o procurado. De acordo com informações da Justiça, ele morava em um local estratégico que facilitaria sua fuga, em qualquer situação de ameaça da polícia.
Bode já havia escapado duas vezes em operações da Polícia Federal. Depois do recebimento das denúncias anônimas, em menos de 24 horas, seis homens do agrupamento do Tenente Renê Bertrand do Raio partiram em busca do foragido. A saída foi durante a madrugada. Os militares seguiram até o local indicado onde moraria Antônio Artenho.
Era por volta das 3h30, quando os militares deixaram as motocicletas escondidas em um ponto e seguiram por dentro da mata até a casa do acusado. O trecho por onde eles entraram era um local de difícil acesso. A vegetação seca não impediu os trabalhos da equipe. Para não chamar atenção, eles escolheram fazer o caminho mais escondido e, depois de quase duas horas de mata fechada, os seis militares chegaram à casa de Antônio Artenho.
Às 5h30, os militares cercaram a residência. O acusado foi preso em flagrante portando uma espingarda calibre 36.
A casa ficava localizada em um trecho de difícil acesso e posicionada em um ponto de onde bode conseguia ver e ouvir a chegada de qualquer visitante. Segundo a polícia, ele tinha várias rotas de fuga pela mata.
Por: Tribuna do Ceará.