Moradores negociam com a Polícia para evitar despejo em acampamento do MST em Limoeiro do Norte.
Com ordem de despejo anunciada desde segunda-feira, 19, cerca de 150 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promovem ato no acampamento Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte, nesta quarta-feira, 21. Às 7 horas, três viaturas do Comando do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) chegaram ao local para avaliar se há possibilidade de realizar a reintegração de posse da terra. As informações são da assessoria do MST.
Integrantes do MST, estudantes e lideranças de movimentos sociais seguem protestando contra a saída das famílias, que vivem no espaço desde 2014.
A discussão deve ser levada ao juiz responsável pela ordem de despejo. “O povo está decidido a permanecer. São quatro anos e meio vivendo aqui, tirando daqui o seu sustento”, relatou o padre. Aquino teme que o embate entre Polícia e integrantes do movimento seja violento.
De acordo com o padre, o secretário-adjunto do Desenvolvimento Agrário, Wilson Brandão, chegou ao acampamento ainda cedo nesta manhã. Ele também participou das negociações com a equipe de policiais. Aquino explica que os moradores e as lideranças do movimento querem que o juiz se abra para o diálogo.