“Presos são obrigados a colocar as mãos nas grades para que os agentes apliquem golpes com cassetetes e tonfas. O resultado, são dedos fraturados e unhas quebradas. Outros estão na iminência de ficarem cegos devidos aos constantes jatos de spray de pimenta disparados em direção aos seus olhos.
Muitos apresentam feridas abertas e infeccionadas resultantes de tiros com balas de borracha à curta distância”.
“Presos são obrigados a beber água salobra (salgada), quente e contaminada. As celas são quentes, sem ventilação e superlotadas. Os presos são submetidos a castigos coletivos e, entre uma surra e outra, de cassetete e tonfa, são obrigados a ficarem de pé durante horas”.
Os relatos acima já estão nas mãos de representantes de órgãos de Defesa dos Direitos Humanos, do Judiciário e do Ministério Público Estadual por meio de denúncias de familiares de detentos que estão reclusos no Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Em pelo menos, três unidades do Complexo, a prática de tortura, maus-tratos e superlotação já está comprovada em documentos oficiais (relatórios e laudos periciais).
Com base no documento concluído na última sexta-feira (5) por peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), as autoridades começam a apurar tais denúncias. A Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará, ameaça levar o caso ao Sistema Internacional de proteção aos Direitos Humanos.
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Por: Fernando Ribeiro.