O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e com o apoio da Polícia Civil, realizou nesta terça-feira (25) a 2ª fase da Operação “Vila Rica”. A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio da prática de “rachadinha” na Câmara Municipal de Beberibe. Durante a operação, três ex-servidores da casa legislativa foram presos temporariamente.
Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão nas residências de quatro ex-servidores da Câmara, uma servidora da Prefeitura e um empresário local, além de um na sede da Prefeitura de Beberibe. Entre os itens apreendidos estão documentos, aparelhos celulares e computadores, que serão utilizados nas investigações conduzidas pelo Gecoc. Os investigados poderão responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
As investigações do MPCE indicam que o esquema estaria sendo organizado por um vereador e seu irmão. O desvio de recursos públicos ocorreria através da contratação de assessores parlamentares que, além de não prestarem o serviço, estariam repassando mensalmente parte de seus salários ao vereador.
Na 1ª fase da operação, deflagrada em dezembro de 2023, o MPCE, com apoio da Polícia Civil, prendeu temporariamente o vereador e seu irmão, ambos supostamente envolvidos no esquema.
O que é “rachadinha”?
“Rachadinha” é o termo popularmente utilizado para descrever o desvio de salário de assessor. Na prática, refere-se à transferência de parte ou de todo o salário do servidor para o parlamentar ou secretários, com base em um acordo previamente estabelecido.
Nome da operação
A operação foi denominada “Vila Rica” em referência ao antigo nome da cidade de Beberibe durante o período colonial, quando o município era próspero economicamente.
Fonte: MPCE
