A cidade de Quixeramobim, no interior do Ceará, foi palco de um caso revoltante que resultou na prisão em flagrante de um homem acusado de maus-tratos e suspeita de zoofilia contra uma cadela. O crime, registrado na última terça-feira (5), aconteceu no distrito de Encantado e mobilizou a Polícia Civil e uma ONG de proteção animal.
Prisão em flagrante.
A denúncia chegou à Delegacia Municipal de Quixeramobim, que enviou uma equipe à residência do suspeito. No local, os policiais encontraram a cadela no quintal, amarrada por uma corda, em estado crítico de desnutrição e abandono. O animal também apresentava sinais de violência física e sexual.
Diante das evidências, os agentes tentaram contato com o morador e, ao não obterem resposta inicial, localizaram o suspeito na residência. Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi identificado como Antônio Ramos. Após a detenção, ele foi conduzido à Delegacia Regional de Senador Pompeu, onde os procedimentos legais foram realizados.
Denúncia e investigação.
A operação foi iniciada após uma denúncia recebida pela ONG Animus, que atua na proteção de animais em situação de risco. Segundo informações da entidade, o homem praticava maus-tratos frequentes contra a cadela e era suspeito de zoofilia.
A ONG apresentou à polícia um vídeo que comprova os atos de violência sexual, usado como prova na investigação. O material foi determinante para a prisão em flagrante do acusado.
Condição do animal.
Após o resgate, a cadela foi encaminhada para avaliação veterinária. O laudo constatou:
Desnutrição severa;
Infestação por parasitas (carrapatos);
Desidratação de 8%;
Lesões dermatológicas;
Sinais de violência sexual, incluindo inchaço e edema na vulva.
A ONG Animus está fornecendo tratamento e cuidados intensivos para a cadela, que segue em recuperação.
Declaração das autoridades
O delegado responsável Dr. William Lopes pelo caso classificou o episódio como alarmante. “Esse tipo de crueldade é intolerável. A prisão em flagrante demonstra o compromisso da Polícia Civil em combater crimes dessa natureza. O autor responderá pelos seus atos conforme a lei”, afirmou.
Enquadramento legal.
O suspeito foi autuado com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão para casos de maus-tratos a animais. A investigação continuará para reunir mais provas e assegurar que o responsável seja punido de acordo com a legislação vigente.