A 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza recebeu, nesta terça-feira, denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará contra Romualdo Sousa Barros, acusado de assassinar o pesquisador e médico veterinário S.G.N. a tiros no dia 4 de julho, em Fortaleza. Romualdo foi denunciado pelo MP do Ceará por homicídio qualificado, com a motivação alegada de desavenças no ambiente de trabalho. O crime aconteceu durante uma carona concedida pela vítima, que era chefe do acusado. Além disso, o réu enfrenta acusação de tentativa de homicídio contra M.S.M., namorada da vítima, que também estava no veículo durante o incidente.
Com a aceitação da denúncia, a Justiça convocará o réu para o processo e iniciará as audiências de instrução, que envolverão depoimentos da sobrevivente e de outras testemunhas, além do interrogatório do acusado. Após essas etapas, a Justiça decidirá se Romualdo será pronunciado. O processo está inserido no Programa Tempo de Justiça, que busca agilizar o julgamento de crimes dolosos contra a vida.
Entenda o Caso
Segundo a denúncia, S.G.N. era pesquisador do curso de Medicina Veterinária de uma universidade de Fortaleza e chefe direto de Romualdo, que atuava como tratador de animais. As investigações apontam que a relação entre a vítima e o acusado era inicialmente amigável, mas deteriorou-se após Romualdo receber punições administrativas, como suspensões e advertências, relacionadas ao seu desempenho no trabalho. Temendo uma possível demissão, Romualdo teria planejado o assassinato de S.G.N.
Conforme detalhado na denúncia, Romualdo atraiu as vítimas até a fazenda onde os animais da instituição são criados, alegando que uma das cabras estava apresentando comportamento incomum. Na volta para casa, Romualdo pediu uma carona às vítimas e escondeu uma arma de fogo em sua bolsa. Sentado no banco traseiro do carro, o acusado surpreendeu S.G.N. e disparou contra a cabeça do chefe. M.S.M., atingida no antebraço direito e nas costas, conseguiu sair do veículo e sobreviveu ao ataque.
O caso segue em andamento, com as autoridades buscando esclarecer todos os detalhes e responsabilidades do crime.
Fonte: MPCE.