Agência Nacional de Vigilância Sanitária explicou os tramites que levaram à suspensão do jogo entre a seleção brasileira e seleção argentina que aconteceria neste domingo, 5, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. A disputa foi suspensa com poucos minutos pela agência e a Polícia Federal pelo descumprimento das medidas de segurança sanitária. Segundo a pasta, desde a sexta-feira vem alertando sobre irregularidades encontradas em quatro jogadores: Emiliano Martínez e Buendía (Aston Villa) e Cristian Romero e Lo Celso (Tottenham).
Acompanhe o que motivou a suspenção do jogo entre Brasil x Argentina
Sexta-feira, 3
Segundo a agência, os jogadores da Argentina entraram no Brasil às 8 horas do dia 3 de setembro. No mesmo dia, de acordo com a pasta, foi identificado que as informações sanitárias apresentadas eram falsas e, ainda na sexta-feira, a Anvisa notificou o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, que repassou ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde de São Paulo.
Sábado, 4
No dia seguinte, na tarde do sábado, 4, as autoridades esportivas foram avisadas do caso. Foi realizada reunião com representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além da delegação argentina. No encontro, os agentes recomendaram a quarentena dos quatro jogadores argentinos, com a confirmação de que os jogadores prestaram informações falsas e descumpriram uma recomendação. A recomendação era fundamentada na Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual estabelece que viajantes estrangeiros que “tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil”.
Segundo a Anvisa, mesmo depois da reunião e da comunicação das autoridades, os quatro jogadores participaram de treinamento na noite do sábado.
Domingo, 5
No domingo, 5, dia do jogo, pela manhã, a Anvisa acionou a Polícia Federal separar os quatro jogadores envolvidos do restante da seleção, para “adoção das medidas sanitárias correspondentes”, que seria a quarentena e a deportação. “Até a hora do início do jogo enviou esforços, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena imposta aos jogadores, sua segregação imediata e condução ao recinto aeroportuário”, afirmam por meio de comunicado.
Ainda segundo a Anvisa, as tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do hotel. Os agentes também tentaram cumprir a separação dos jogadores em tempo “considerável” antes do início da partida, quando, segundo a Anvisa, teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera.
O que diz a Conmebol
De acordo com a organização, o jogo está oficialmente adiado por decisão do árbitro da partida e a comissão do jogo enviará um relatório ao Comitê Disciplinar da Fifa. A entidade ainda deixou claro que as Eliminatórias não é uma das sua competições, sendo competência exclusiva da Fifa.
“Por decisão do árbitro da partida, a partida organizada pela Fifa entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo está suspensa. O árbitro e o comissário de jogo enviarão um relatório ao Comitê Disciplinar da Fifa, que determinará as etapas a serem seguidas. Esses procedimentos obedecem estritamente aos regulamentos atuais. As eliminatórias da Copa do Mundo são uma competição da FIFA. Todas as decisões relativas à sua organização e desenvolvimento são da competência exclusiva daquela instituição”, relatou a Conmebol.
O que diz a CBF
Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da CBF, lamentou o cancelamento da partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar entre Brasil e Argentina, após a interrupção da Anvisa. Segundo Edinaldo, o Agência Nacional de Vigilância Sanitário “extrapolou em suas decisões”.
“Lamento em nome de todos os desportistas, em nome de todos os filiados, de todo o público que estava também para acompanhar essa partida, os telespectadores, porque realmente causa indignação e acredito, com todo respeito a instituição Anvisa, mas a Anvisa realmente extrapolou em suas decisões porque poderia te lidado com tudo isso antes, não depois do jogo começar”, disse o presidente em exercício.
O presidente em exercício da CBF alegou estranheza com a decisão da Anvisa invadir para a interrupção da partida entre Brasil e Argentina. De acordo com Edinaldo Rodrigues, a Agência acompanha a Seleção Argentina há três dias e não entende o motivo de a atitude ser tomada só durante o jogo.
Fonte: O Povo
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