Caçado durante meses pelas polícias Civil, Militar e Federal, o cearense Carlenilton Pereira Maltas, 39 anos, preso no fim de semana no estado de Sergipe, deverá ser trazido para Fortaleza nas próximas horas, onde será encaminhado à sede da Superintendência da Polícia Federal. Ele tem mandado de prisão preventiva decretada e, desde o ano passado, conseguiu furar vários cercos policiais em fazendas da região de Mombaça, sua terra natal (a 293Km de Fortaleza).
A prisão de Carlenilton pode representar a elucidação do plano criminoso montado pela “sintonia Fina” (cúpula) da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que culminou na morte dos traficantes Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, em fevereiro do ano passado.
Carlenilton é apontado nas investigações da Polícia Federal como um dos executores materiais do assassinato de “Gegê” e de “Paca” na tarde de 15 de fevereiro do ano passado. Os dois foram atraídos por outros membros do PCC, vindos de São Paulo, para um passeio de helicóptero e acabaram sendo levados até a reserva indígena Lagoa da Encantada, na zona rural de Aquiraz, e ali fuzilados. Os criminosos ainda tentaram carbonizar os cadáveres, mas uma chuva apagou o fogo.
Ao menos, 14 pessoas foram indiciadas no inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar o duplo assassinato, entre eles, Felipe Ramos de Morais, o dono e piloto do helicóptero usado para transportar os dois traficantes até o local onde ambos foram assassinados. Também foragido da Justiça, Felipe foi capturado pela PF em maio do ano passado, na cidade de Caldas, no estado de Goiás (a 160Km de Goiânia). Em depoimento na PF, ele delatou os comparsas que participaram do duplo homicídio, entre eles, o cearense Carlenilton, vulgo “Ceará”.
O bandido cearense teve prisão preventiva decretada pelo juiz da Comarca de Aquiraz por participação direta na morte de “Gegê” e de “Paca” e agora poderá revelar às autoridades tudo sobre a atuação do PCC no Ceará.
Siga-nos e fique bem informado
Por: Fernando Ribeiro.