Falso Médico é Indiciado por Crimes e Possui Histórico de Condenação por Exploração Sexual.

Thiago Celso Andrade Reges, de 38 anos, preso em março de 2023 em Fortaleza, enfrenta graves acusações após ser descoberto exercendo ilegalmente a medicina. A Polícia Civil do Ceará o indiciou pelos crimes de peculato, estelionato, exercício ilegal da medicina, falsidade documental, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Conhecido como “Dr. Thiago” nas redes sociais, Thiago ostentava uma vida luxuosa e compartilhava fotos ao lado de celebridades e em carros de luxo, imagens que foram apagadas após sua prisão. A polícia descobriu que o diploma de medicina apresentado por ele, supostamente expedido pela Universidad Privada Abierta Latinoamericana (UPAL), na Bolívia, era falso.

Com esse documento, ele conseguiu a revalidação pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e se registrou no Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) em 2020. Assim, passou a atuar ilegalmente em hospitais de municípios como Itapajé, Mulungu, Baturité e Pentecoste. Somente em Itapajé, seu salário chegava a R$ 42.500 por mês.

Após a descoberta da fraude, o caso foi denunciado à polícia, resultando na suspensão de suas credenciais pelo Cremec e na exclusão dele de uma cooperativa de saúde.

Patrimônio e Suspeitas de Lavagem de Dinheiro

Durante as investigações, iniciadas em 2022, a polícia identificou movimentações financeiras suspeitas. Thiago adquiriu, à vista, um veículo de R$ 475 mil em nome da mãe e realizava depósitos frequentes em caixas eletrônicos. Além disso, era visto constantemente no aeroporto, em horários de voos para a Bolívia, levantando suspeitas de vínculos com o país.

Os investigadores também apontaram que ele utilizava uma rede de “laranjas” para ocultar bens e registrava compras de grande valor em nome de terceiros.

Histórico de Condenação por Tráfico Internacional de Mulheres

Thiago também possui antecedentes criminais por tráfico internacional de mulheres. Em 2013, foi condenado a 5 anos e 6 meses de prisão, durante a Operação Delivery, que desarticulou uma rede de exploração sexual em Rio Branco, no Acre. As investigações revelaram que Thiago era um dos responsáveis pelo aliciamento de mulheres, incluindo menores de idade, para prostituição. Atualmente, ele está em liberdade após obter habeas corpus.

A defesa de Thiago afirmou que aguarda a fase de instrução processual para apresentar suas manifestações. Nesse momento, a Justiça deve ouvir testemunhas e analisar as provas apresentadas pelas partes envolvidas.

Enquanto isso, o caso segue sendo acompanhado pelo Poder Judiciário, com Thiago enfrentando múltiplas acusações que vão desde falsificação de documentos até exploração sexual e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1 CE.

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Post Author: Redação

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