Ainda atendendo pedido do Mestre, as músicas do seu folguedo eram cantadas, com o boi dançando de um lado para o outro na rua. Se havia choro era de alegria, afinal ela estava subindo ao céu exatamente no dia de São José. Até choveu antes da última festa começar. Mas s nuvens se abriram para dar passagem a quem sempre carregou a luz da generosidade. Batedores da Autarquia Municipal de Trânsito iam mais à frente, afinal precisavam passar pela Casa de Antônio Conselheiro, o Memorial, pontos de cultura da cidade.
Diante do Memorial, também dedicado a Conselheiro, Piauí recebeu homenagens de amigos e da Banda Municipal. Dali em diante ele seguiu o restante do percurso com as honrariasde um representante público especial, no carro do Corpo de Bombeiros. Na retaguarda um batalhão de motocicletas com buzinacos, bicicletas e automóveis, também queriam participar da festa, que ainda contou com mais uma apresentação da Banda Municipal na entrada do parque santo.
Os familiares estavam muito emocionados, mas alguns fizeram questão de ressaltar que o reisado do Mestre Piauí vai continuar encantando o público com suas apresentações; ele, acompanhando do céu. “Era assim que ele queria. Sempre dizia que quando fechasse os os olhos a nossa cultura não deveria parar. Esse desejo também vai ser atendido” comentou o sobrinho Pedro Roberto Azevedo. Ele é o Careta do reisado.
Vários representantes do Instituto do Patrimônio Histórico Cultural e Natural de Quixeramobim (Iphanaq), dentre eles os professores Ailton Brasil e Neto Camorim, o historiador Ailton Siqueira e também o advogado Pedro Igor, foram se despedir do Mestre Piauí, lembrando que assim como Antônio Conselheiro jamais será esquecido pelo seu povo.