Nesta terça-feira (13), foi realizada a operação “Pão nosso”, que resultou na prisão do coronel da PM e delegado chefe das Especializadas. O delegado Marcelo Luiz Santos Martins, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio, foi um dos alvos da ação conjunta dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, contra a corrupção no sistema penitenciário do Rio.
A ação denominada “Operação Pão Nosso” é mais uma etapa da Operação Calicute, versão da Lava-Jato no Rio. Ele está na lista de 16 mandados de prisão assinados pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Outra ordem de prisão importante é a do coronel da Polícia Militar Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, ex-secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Contra o pai do delegado Marcelo Martins, Carlos Mateus Martins, também tem um mandado de prisão, assim como para o empresário Carlos Felipe da Costa Almeida de Paiva Nascimento, dono do Esch Café, tradicional ponto de encontro de admiradores de charutos no Centro do Rio, no Leblon e em São Paulo, no bairro dos Jardins. Ainda são alvos de prisão o advogado Marcos Vinícius da Silva Lips, ex-secretário adjunto de Tratamento Penitenciário da Seap, e o ex-ordenador de despesas do órgão, Wellington Perez Moreira.
Aos acusados, são imputados os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação e peculato. Os investigadores sustentam que a empresa da família do delegado Marcelo Martins, a Finder Executive Consulting, foi usada no esquema de lavagem com pagamentos ao grupo dirija.
No momento da prisão, o delegado Marcelo Martins não atendeu ao toque da campainha dos agentes. Foi chamado então um chaveiro para abrir a porta. Já Felipe Paiva não foi encontrado. A força-tarefa já sabe que ele está em Portugal e possui dupla cidadania.
Fonte: O Globo.