O número de transações realizadas via Pix no Brasil registrou uma queda significativa nos primeiros dias de janeiro, totalizando 1,250 bilhão de operações entre os dias 4 e 10. O volume representa uma redução de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro de 2024, conforme levantamento do jornal O Globo, baseado em dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central.
Essa é a maior queda já registrada no uso do Pix desde janeiro de 2022, quando houve uma redução de 7,5% no número de transações na comparação com o mês anterior. O declínio é considerado atípico, especialmente porque o Pix se consolidou como um dos métodos de pagamento mais populares no Brasil.
Segundo análises, a retração pode estar relacionada à repercussão da publicação da Instrução Normativa da Receita Federal no início do mês. A normativa gerou dúvidas e preocupações entre usuários sobre possíveis tributações envolvendo transações realizadas por meio do sistema, o que pode ter levado à redução no uso do método.
O Banco Central e a Receita Federal ainda não se manifestaram oficialmente sobre o impacto da normativa no volume de operações. No entanto, especialistas avaliam que a queda nas transações é um reflexo da incerteza gerada entre os usuários sobre a regulamentação fiscal do Pix.
Fonte: Diário do Nordeste.